NAS ASAS DA FANTASIA (à minha filha Eunice)

borboleta

saltitante

pousas o pé

sem repouso

esvoaçando

num bailado

improvisado

feito de cor

graça

e luz

tuas asas

leves

frágeis

bebem o sol

e o luar

e não cessam

de voar

fervilhante

de ambições

espaço azul

o mar

as ondas

as baladas

e as canções

chamam-te

as nuvens

além

e tu piscas-lhes

os olhos

como quem diz

já lá vou

tua fada

há-de dar-te

uma nave

espacial

pra ires longe

inda mais longe

do que as nuvens

até ao sétimo céu

sem nunca dizeres

adeus

Leiria, Portugal

Orlando Caetano
Enviado por Orlando Caetano em 21/06/2008
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