NAS ASAS DA FANTASIA (à minha filha Eunice)
borboleta
saltitante
pousas o pé
sem repouso
esvoaçando
num bailado
improvisado
feito de cor
graça
e luz
tuas asas
leves
frágeis
bebem o sol
e o luar
e não cessam
de voar
fervilhante
de ambições
espaço azul
o mar
as ondas
as baladas
e as canções
chamam-te
as nuvens
além
e tu piscas-lhes
os olhos
como quem diz
já lá vou
tua fada
há-de dar-te
uma nave
espacial
pra ires longe
inda mais longe
do que as nuvens
até ao sétimo céu
sem nunca dizeres
adeus
Leiria, Portugal