Colón
(Este poema é dedicado ao Teatro Colón, situado em Buenos Aires, na Argentina, pela passagem de seu centenário)
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A menina dos olhos houve:
— a menina dos olhos admira o tablado.
A menina dos olhos do presidente, dos concidadãos,
Dos aspirantes, do povo
E de Evita Perón que os poetas cantaram.
E os olhos da Casa Rosada,
Do outro lado da rua.
Os olhos doirados que, no presente
Ainda brilham, na imortalidade semelhante a lua.
Cem anos de Colón:
— sublime, responsável, bondoso, alegre,
de paz e forte ternura. . .
Cem anos se mostra, na beleza, na candura.
Nos corredores, nas escadarias,
E no vão caminha a platéia
Exala alegria e prazeres da vida:
Um vozeirão vem saindo das cortinas
— ó belas vozes das Américas! —
Um sublime amor vem brotando,
— ó clareza firme dos artistas!
Um grande espetáculo na ribalta apresenta.
— Ó beleza esplêndida, Argentina!
Foste tu Colón que vistes Evita Perón ainda menina?