MORRE UM PAI

EU O AMO

Seus cabelos brancos

Sua barba cerrada

Suas mãos cansadas

Sua voz Calma, de amor

Seus carinhos

O tempo maltratou-o

A morte levou-o

E eu, fiquei só.

Não tenho mais seus olhos azuis

A fitar-me carinhosamente.

Sua faces convidativas ao beijo

Seus abraços de consolo para as horas tristes.

A sua calma faz falta, dói, corrói...

A sua presença ficou marcada...

Os meus olhos são os seus olhos,

O meu corpo tem parte do seu corpo,

Meus gestos são os seus gestos,

Mas não mais recebo os seus de ternura.

Muitas eram suas preferências

Pelas coisas da vida

Eu as herdei quase todas...

mas agora já crescida,

não posso te falar.

O seu amor me fazia bem

Agora sua lembrança

Também me faz bem.

Mas as saudades que tenho

São de voce Pai!

Mariângela Bharros Moraes - 01/04/1983

Mhariângela Moraes
Enviado por Mhariângela Moraes em 15/06/2008
Reeditado em 15/06/2008
Código do texto: T1035736
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