MESTRE. ( p/ Anildo )
Mestre
Por que não te ouvi
Quando me ofertavas ensinamentos
Não te vi quando te fazias presente
Em corpo e mente
Oferecendo tua dedicada vida
Ao conhecimento
Por que, mestre
Não glorifiquei teu ser
Quando lutavas
Nas trincheiras da batalha
Pelo conhecer,
Pela cultura,
Hoje tão pouca
Para tanto que se pede.
E tão pouco tenho a oferecer
Por que, mestre
Repudiei teu saber
Ausentando-me em espírito
Vontade e compreensão
Quando tu, em tua luta de gigante
Jorravas de tua fonte
Inesgotável de sabedoria,
O Saber, a cidadania,
Para um ser que vivia
De ilusão e fantasia.
Por que mestre
Não te respeitei
Quando deveria venerá-lo,
Idolatrá-lo.
Não te ouvia
Quando tua voz ecoava
Carregada de acrossofia
Pela acrópole do conhecimento humano.
E eu me alienava insano
Como um ser louco
Em minha incompreensão desvairada
Tornando-me tão pouco
De um grande nada.
( D`Eu )