Há mais de um ano
Um dia no cyberspace
Por um engano
Me visitou.
Agradeci a visita
E ficamos amigos.

A vida dura
De batalhadora
Reservou-lhe a agrura
De nunca ser presenteada
Com um poema.
Fui o primeiro,
O que te emocionou.

Qual uma leoa
Enfrentou em seio
Uma explosão
E tua luta
Me confidenciou.

Pela vez terceira
Foi mais forte
Que teu coração.
Ao despertar
Lembrou de mim
E o mote pilheriou:
Praga ruim,
Geada não mata!

E ainda convalescente
Foi ajudar
O coração da tua mãe.

Por tudo disso
Nossa Amizade
É sagrada
E enfrentou virtualidade
Muita quilometragem
E a tempestade
Do preconceito.

Briguei como um leão,
Fui forte como carvalho,

Batista, João,
E não como um caniço
Pelo vento agitado
Pra cumprir a palavra dada:
De praticar o ecumenismo
Do maninho, Boff, Leonardo
Em que acredito.

Reconheceu-se tua
Bela e generosa hospitalidade:
Abriu pra estranhos
As portas da tua casa,
A tua mesa, o teu teto
E compartilhou
Os mais queridos dos teus.

Nossa amizade fraterna, juntos,
Enfrenta quaisquer tormentas!
Leão e leoa
Não pedem a toalha,
Assim, à toa.
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 23/05/2008
Código do texto: T1001463

 

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