DIÁLOGO
Hoje nada fiz a não ser
dialogar em pensamentos,
e as primeiras palavras foram
dirigidas à você, naturalmente.
Vivendo nesse tempo imaginário
acariciei teus cabelos,
teus lábios foram beijados,
teus olhos presenciaram tudo
e eu o senhor daqueles segundos.
Segundos contendo incertezas bem presentes,
saudades tal qual a segundos de um ser errante.
Onde foi que errei,
e depois o que fiz, será que amei, que lutei?
Meu coração diz que sim e conclama
em altos brados,
mas..., por que não fui amado?
Qual foi a razão
desse estado de solidão
de estar só na multidão?
Onde você se encontra,
por que tornou-se o motivo
de tantos momentos tristes,
de tantos desesperos na louca procura,
por que empurou-me para a amargura?
Quais são os carinhos que recebe,
as palavras que ouve são iguais as minhas,
em que braços você se esconde?
Em teus desejos será que procura
ou é procurada,você está sendo amada como foi por mim?
Minha alma te chama,
ela chora lágrimas sentidas,
já não suporta a lembrança
da despedida sem razão,
daquele frio momento e sem sentido,
enfim, penúria de um solitário coração.
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