INCÓGNITA

Incógnita

Numa aquarela de cores

Te pinto

Esboço teu retrato

Quero encher tua vida de cores

Quero te fazer provar sabores

Fazer-te encantar-se com as flores

Mas nada disso te estimula

E nessa arte da vida

Continuo teu desenho

E na tela esboço

Teu sorriso enigmático

Tal qual a Monalisa

De Da vince

Também não sei em que pensas

Ou o que pensas

Nem de onde vem

E para onde vai após o amaor

Teu olhar indiferente

Nada me diz

Prescruto, mas não descubro nada

Nada sei de você

Incrível incoerência

Pois na cama tanto se revelas

Teu gosto,

Teu cheiro

A forma como gosta

Quando te deixo tão louco

Na cama se entrega

E por inteiro

Pra na vida do dia-a-dia

Tornar-se essa incógnita

Essa ostra fechada

Enciumada da pérola

E conformada

Apenas pincelo

Teu rosto em aquarela

Pra guardar comigo

Quando aqui não mais estiver

Vitória/ES - Em 19/02/08