Mar revolto

A tempestade do teu mar invade meu casulo

Com medo, recuo sem saber como te olhar...

Vibração que embriaga, deixas-me sem chão...

Destróis, constróis, “dóis”, dois...

Na beleza de tornar-me mulher

Refaço teus traços, te percorro, te respiro.

Das curvas do teu corpo, ondas a me tragar...

Uma voz hipnotiza, ora instiga, ora acalma,

Atinge e libertas minha alma.

De olhos fechados te vejo melhor

Reconheço tuas carícias: doces preces.

Já não me pertenço mais

Estás tão perto, mas distante...

Será que algo mudou?

Desvendo tua música, desbravo teus caminhos,

Além de simples carinhos, vislumbro um novo destino.

No teu silêncio então me falas

Do universo que não consigo entender

Sei apenas que alguém novo surgiu

Quando morri e matei nos teus braços

Para renascer no depois

Tão diferentes, tão iguais, agora já não há mais...

Luzz
Enviado por Luzz em 20/05/2008
Reeditado em 25/12/2012
Código do texto: T997144
Classificação de conteúdo: seguro