Frio
Quando a tarde morre e a temperatura cai
Sinto que morro também
Aos poucos, mas definitivo...
Não estás aqui comigo.
Estranha ausência que é também presença
Parece que o vento te trouxe de novo
Como te traz em cada entardecer
Espécie de morte, luto e reluto
Em admitir a falta que sinto de ti
Tristeza em existir assim:
Nó na garganta, aperto no coração
O qual eu nem sabia que possuía
Este que renasceu quando te reencontrei
Não sabes o que sinto,
Ou então não te preocupas?
Como não percebi tua frieza,
Disfarçada em cruel esperteza?
Nem versos mais sei fazer
Nenhuma palavra consigo dizer
Acostumada a desistir aceito
O desfecho desta nossa história:
Foi por meu estranho querer
Que acabei por te perder.