Frio

Quando a tarde morre e a temperatura cai

Sinto que morro também

Aos poucos, mas definitivo...

Não estás aqui comigo.

Estranha ausência que é também presença

Parece que o vento te trouxe de novo

Como te traz em cada entardecer

Espécie de morte, luto e reluto

Em admitir a falta que sinto de ti

Tristeza em existir assim:

Nó na garganta, aperto no coração

O qual eu nem sabia que possuía

Este que renasceu quando te reencontrei

Não sabes o que sinto,

Ou então não te preocupas?

Como não percebi tua frieza,

Disfarçada em cruel esperteza?

Nem versos mais sei fazer

Nenhuma palavra consigo dizer

Acostumada a desistir aceito

O desfecho desta nossa história:

Foi por meu estranho querer

Que acabei por te perder.

Luzz
Enviado por Luzz em 19/05/2008
Reeditado em 27/12/2012
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