Um amor que não vem
Quando nada se tem prá fazer
Uma poesia, talvez, eu queira escrever...
Em uma tarde de sábado, preguiça safada
Jornal já lido, tv já assistida, sem ninguém prá ver...
Quando nada se tem prá viver,
Pois um amor recente já se foi, sei lá porque..
As tardes de sábado e domingo
Com esse amor, ocupava sempre, e com prazer.
A tarde fria fica ainda mais gelada...
O coraçao, que ainda guarda aquele costume
de amar, nessas tardes frias..
Fica, assim meio desorientado, arritmado.
Procuro o papel, com preguiça
A caneta, com relutância...
Rabisco qualquer coisa
Quero escrever a dor de estar só.
Começo rimando, como de costume
Mas me perco na branquidão da poesia..
Que, graças a Deus, agora é permitido..
Mas não foi assim o nosso amor?
Começou rimado e se perdeu na cor?
Será esse mesmo o destino de um homem
Maduro por fora, mas adolescente por dentro
Que, depois que no mundo os pés pôs
O caminho da felicidade jamais encontrou?
A folha de poesia agora está quase completa
Uma poesia meio torta, que de amor quer falar
Quer o sentimento sofrido expressar,
Mas o que sai é uma grande desilusão
Por falta desse amor, que tanto procuro,
Mas que ainda está nas notas de meu violão...