Palinódia Absurda

Ouço-te e não me queixo,

Ao deixar de te dizer algo,

Fora porque não sabia,

Destes tempos que não se abalam até das palavras dissimulantes.

Nesta disteleologia declarada,

Reformulo versos divergentes,

E busco dizer sem rima,

A diversidade plena do sentimento.

Se sentes a forma básica,

Não fica sem a poesia pleonástica,

A pirogênese da escrita febril,

Ou a palinódia metafórica do absurdo.

Quero te sentir com agnominação (paronomásia)

Parassíntese enraivecida do aparador,

Quem sabe assim poderei dizer enfim,

Te amo ao revés.