Sendo assim... o amor

Meu olhar de fogo aceso

por onde passei,

tremendo a canção na minha boca

de vertigem.

Todos espiavam a solidão

comida na tua pele,

uma lascívea quase demente.

Aonde eu entrava

arrastava a tristesa entre os dentes.

Quebrei em mil partos

meu nascimento molhado

da chuva dos teus lençóis,

dos teus passos

e da morte mais que certa

dos planos e sonhos.

Todos descreviam de trás para nunca

aquela estória,

Numa tentativa de mistificar

a impureza dos santos de carne fraca.

Ora, o que diriam as mãos

se não fossem mudas?

Qual seria a cor de toda a gente

desnuda?

E oque seria do amor

se não fosse a lágrima

para ser enxugada?

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 15/05/2008
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