Sendo assim... o amor
Meu olhar de fogo aceso
por onde passei,
tremendo a canção na minha boca
de vertigem.
Todos espiavam a solidão
comida na tua pele,
uma lascívea quase demente.
Aonde eu entrava
arrastava a tristesa entre os dentes.
Quebrei em mil partos
meu nascimento molhado
da chuva dos teus lençóis,
dos teus passos
e da morte mais que certa
dos planos e sonhos.
Todos descreviam de trás para nunca
aquela estória,
Numa tentativa de mistificar
a impureza dos santos de carne fraca.
Ora, o que diriam as mãos
se não fossem mudas?
Qual seria a cor de toda a gente
desnuda?
E oque seria do amor
se não fosse a lágrima
para ser enxugada?