Avestruz
Edson Gonçalves Ferreira
Nâo quero esconder ternura
Nem angústia, nem alegria
Sentimentos são para explosão
Que é do ser humano a dor, a alegria
Passando pelo ato encantado do amor
Ninguém sabe quando ele vem
Ninguém sabe quando ele vai
Prefiro a fraqueza heróica dos poetas
O ridículo das lágrimas
Elas são diamantes
Não escondo a cabeça no buraco
Eu a quero ensolorada ou ensopada
Quando a morte chegar, sorrirei
Vivi a plenitude
Não aceitei rótulos
Só a paixão de viver.
Divinópolis, 09.05.1993 - feito na UFMG