INQUIETUDES

INQUIETUDES

E das inquietudes de meu corpo cálido

Crepitam de repente as brasas do desejo

Basta teu hálito quente, homem impávido.

Tu és o motivo deste fogo, ora em lampejo.

Crês que estou alheia, finjo que não o vejo.

Acesos os olhos, pirilampos em noite escura.

Iluminando a beleza, esperando teu beijo.

A saciar minha sede, sentir na boca a frescura.

Umedecida por salivas e suores, adormeço.

Abrandando o ato, interlúdio dos amantes.

Repousando os segredos que a ti ofereço.

Despertarei e outra vez, a chama insinuante.

A paixão dominante repetirá a fogueira.

Cena melhor que antes, erotismo reinante!

Baseado em Inquietude de Jairo Nunes Bezerra

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 12/05/2008
Código do texto: T986216