Entre noites...
Entre noites...
O sol foi-se,
Levando, consigo...
A luz de outrora...
Eis então que levanta-se,
Bela e inalcançável,
Ó rainha Lua,
Irresistível e poderosa...
Nos teus raios alvos luminosos,
Adormeces os mortais,
Libertas os apaixonados,
Desperta teus seguidores, poetas...
Diante de teus encantos,
Seus olhos se abrem...
O amor toma asas em coragem,
Aos poetas toma a forma de palavras...
E, sob teu aro luminoso,
Diante da tua grande gentil,
Eis que o menino em seu primeiro ardor,
Faz-se poeta por amor...
Eis que é vencido o inverno rigoroso,
O calor espreita,
Invade,
Incendeia...Corações, olhares...Com o tal fogo voador...
A chama da lenda...
Qual não se apaga,
A qual em teu próprio coração,
Alvo e puro, conheces...
O coração que pula,
Esperando o eclipse para ver teu amado,
Pois entre noites,
Enquanto ele não vêm...
Teus rubores,
Teus encantos,
Teus conselhos,
Teus sonhos...
A inspiração...
São para os amores que,
Entre noites,
Permanecem a olhar-te,
Espreançosos...
Desejando tuas graças,
Ou que leves um olhar,
Um leve suspiro para as metades amadas...
Que entre noite suspiram a esperar um sinal,
Um brilho mais forte teu,
Para que o amor assim vívido dure,
Mais que entre noites,
Dure como seus raios e o do sol...
Mais além que a própria noite e a primavera...
Um seguido do outro, sempre, um dia inteiro...