CORPOS ACESOS (Revisado)
Bendita alegoria
que decompomos
em mil sóis,
sótãos desmedidos;
que compomos
em neurônios desconexos
sexos, nexos.
Que tem marca em
nossos músculos
minúsculos, maiúsculos
co(r)po místico
surto indefinido
– urdido –
alumbramento.
Bendita alegria alegoria
álgida algébrica,
onde a vida é gama
e não beta, nem delta,
o ípsilon fonema no ouvido,
a mordida
– do(í)da –
na orelha,
que não é corpo,
copo, canção.
Bendita extrema unção
- ávida –
há / vida.
- do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 79. (forma revisada em 13Jan2006).
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/98357