As Tuas Curvas
Elas deram um cavalinho-de-pau
Nos meus olhares.
Me baratinaram
E quedei estonteado
À la Niemeyer:
Simplesmente não couberam
No meu espaço euclidiano.
Elas não têm bem princípio,
Nem meio, nem fim,
De encontro com os cartesianos.
São quânticas
Ao encontro dos einsteinianos.
As paralelas se encontram
No mesmo finito
E me conduziram ao infinito
As mais belas
Iniciam na tua alma
Prosseguem nos teus olhos.
Nas tuas sobrancelhas
No teu rosto,
Nos teus lábios,
Na tua boca,
No teu queixo,
Na tua testa,
Nas tuas orelhas.
Nos teus brincos,
No teu colo,
Na tua nuca,
No teu decote,
No teus seios,
Na tua cintura.
No teu ventre,
Nos teus quadris
Nas tuas coxas
Nos teus joelhos...
Curvas que te deixam esvoaçante,
Evanescente,
A flutuar no pedestal
De teus pézinhos graciosos,
Leve, levitante.
Curvas mais perigosas
Que as da Estrada de Santos
A duzentos km por hora
Ou que, a trinta,
As da Estrada da Graciosa.
Gabriel da Fonseca & Stela Emilia (Formatação sobre Imagem).
Às Amigas Amadas; À Adorada eSTreLA; 290907, 1074.