Lual...

Desejo ver-te através da transparência

Fina e delicada do sarongue branco de voil

Fitar-te uns instantes como na adolescência

Nesta minha doce fantasia de amor tropical

Cabelos soltos ao vento fresco da madrugada

Olhar repousado nos meus em enlevo, paixão

Mãos delicadas junto as minhas, entrelaçadas

E um ritmado pulsar dos corações em união

A areia fina e fria sob nossos pés descalços

Desenham pegadas de mil matizes diferentes

Nelas quase não se vê os vários percalços

Pelos quais no passado suportamos recorrentes

O luar em prata nos banha, sereno e ávido

Seu reflexo nas ondas é como um espelho

Nenhuma dor, nem tristeza, só amor impávido

Reunido em volta do fogaréu como um conselho

O som das ondas do mar que quebra agitado

Soa como uma música de fundo, romântica

Embala os diversos movimentos delicados

Que o nosso amor traduz de maneira cântica

São testemunhas deste amor inevitável

Pássaros e criaturas noturnais e puras

Que não podem traduzir o inenarrável

Apenas assistem a tudo sem censura

E desta maneira, em comunhão... amamos

Como se fora a primeira vez de nós dois

Aquela toda espera assim nós quebramos

E o dia só amanheceu muito tempo depois

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 09/05/2008
Código do texto: T982012
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