Lual...
Desejo ver-te através da transparência
Fina e delicada do sarongue branco de voil
Fitar-te uns instantes como na adolescência
Nesta minha doce fantasia de amor tropical
Cabelos soltos ao vento fresco da madrugada
Olhar repousado nos meus em enlevo, paixão
Mãos delicadas junto as minhas, entrelaçadas
E um ritmado pulsar dos corações em união
A areia fina e fria sob nossos pés descalços
Desenham pegadas de mil matizes diferentes
Nelas quase não se vê os vários percalços
Pelos quais no passado suportamos recorrentes
O luar em prata nos banha, sereno e ávido
Seu reflexo nas ondas é como um espelho
Nenhuma dor, nem tristeza, só amor impávido
Reunido em volta do fogaréu como um conselho
O som das ondas do mar que quebra agitado
Soa como uma música de fundo, romântica
Embala os diversos movimentos delicados
Que o nosso amor traduz de maneira cântica
São testemunhas deste amor inevitável
Pássaros e criaturas noturnais e puras
Que não podem traduzir o inenarrável
Apenas assistem a tudo sem censura
E desta maneira, em comunhão... amamos
Como se fora a primeira vez de nós dois
Aquela toda espera assim nós quebramos
E o dia só amanheceu muito tempo depois