Poema 0178 - Todos os amores
Todos os amores são dos meus amores,
sou carne,
impura, só, às vezes,
como um barco a deriva,
assim que sou mais amor do meu amor.
Misturo todos os jeitos de amar,
faço o eterno entre meus sonhos,
como o vinho fechado na garrafa,
espero seu gosto,
as doces essências da uva... o amor.
Quando o amor está verde sou labirinto,
neve que acumula na janela d'alma,
aqueça amada, me aqueça,
serei teu homem por uma noite,
dormirás sem o frio da cama vazia.
Um dia meu amor será sol,
em todos os corações dos amores,
meus amores, nossos, todos eles,
deixes vir o sorriso, neutro e puro,
cristalino como água da montanha...
Solidão, voltarei ao topo do mundo,
posso ser majestade ou vulcão,
serei plebeu, escravo dos escravos,
todo ele para um dia sentir a felicidade,
amor dos amores, todos meus amores.
21/03/2005