Livre

Edson Gonçalves Ferreira

Mania infernal de dar nomes a tudo

Imagino o peso do dicionário na cabeça

Quando tenho fome, abro a geladeira

Quando sinto ternura, abro o coração

Quando o desejo acomete, procuro o teu corpo amado

Não há nome algum que me impeça

Apenas percebo que transfiguramos

E somos como flores e frutos na plenitude

E estamos apenas prontos para a vida

Não nos descuidemos

O tempo passa inexorável

Descubramos que viver vale mais que preconceitos

As coisas existem para a glória do ser

A graça está na diferença

O amor é uma delicadeza que os brutos não percebem

E não passarão para o reino dos céus

Afinal, Deus é puro Amor.

Divinóplis, 13.05.93

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 08/05/2008
Reeditado em 09/05/2008
Código do texto: T981035
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