Uma História de Amor!
I
Você me tomou por arredio.
Também pudera,
Ao consultar teu perfil
(Que me convidara
Por indicação dum cancioneiro baiano
Que te dissera
Haver por aqui novos, virtuais,
Tão bons quanto
Os poetas clássicos ou/e famosos),
Partícipe de uma tribo decidida,
Que na Capital estudara
E no Interior lecionava,
Amante da poesias, casada,
Eu intuíra: perigo certo
Para o vate!
II
Você, sorriso de marotinha,
Olhar sorridente,
Se definiu como inacabada,
D@s companheir@s e da existência,
Mestre e aprendiz,
Obra aberta em processo de construção,
Afirmando que é sempre
Possível dizer não
Aos condicionantes sociais,
Assim, contra os desígnios
Dos maus deuses
Dos maus destinos.
E concluía querer a Vida.
E a Vida plena,
Até pra poder testar
Suas incoerências
Na busca da auto-superação.
III
Numa legenda de foto do teu álbum
Enfatizava a potência
Misteriosa da mulher,
Enquanto concha geratriz
De nova vida humana
E sua promotriz.
IV
Foi “Mimo!”,
“Mimo” foi,
A tua palavra
Que incendiou
Meu coração homenino,
Qual ardente brasa.
V
Você achou graça
Em minha “Homenagem às Amigas”
Eu desejando ser um Salomão,
Senhor absoluto de mulheres mil,
Um shogun de mikado
Com suas gueixas,
Um, dono de harém, sultão,
Com suas odaliscas,
Mas querendo ter uma só Rainha,
Sem saber que você
Por fim seria a eleita.
VI
Você decifrou o enigma.
Matou a charada cifrada.
Eu-esfinge:
Poeta e Pessoa
Casados em mim
Numa boa!
E amou ambos.
VII
Você me surgiu,
Se afastou
E me retornou.
Pôde me escolher
Melhor, mais livre,
Qual eu a ti.
No decurso de nossa história
Há correspondência
Num em conjunto construir.
Temos até fadas-madrinhas
Ajudando-a a fluir,
A prosperar,
A florir,
Numa mesma vibração telúrica
E sintonia cósmica.
E ela tem dado frutos.
Amém! Assim seja!
©
®---Gabriel da Fonseca.
™
-----Às Amadas Amigas Reais e Virtuais. Especialmente à [i]eSTrELA Emilia[/i], com(o) chamego; 04/01/2008, o 4.º poema do ano