Minha eSTrELA é ELA!

No seio da muita

Longa vigília

Nasceu o pequeno sono.

Qual, desse, fruita,

Veio o sonho.

A sessão se estendia

Pra concluir.

A real mulher,

Verdadeira analista,

O papel assumia

Do real homem,

O vero terapeuta.

O analisando

Precisava da sua cura;

Nomear com todas as letras

O seu obscuro objeto de desejo.

Balbuciar alguns flertes

Até conseguia.

Mas a sessão era pública

Na sala-de-espera cheia,

Contígua ao do psicanalista

Também na escuta.

Acabava a areia

Da ampulheta

Sem o happy-end

Holiwoodiano.

O nome emudecido

O rosto da doutora

Assumira.

Mas meu coração menino

Agora é de homem maduro.

Sou forte e corajoso.

EsCANDir teu nome ouso

Da vida já provo

Dores, lamentos, os choros

Agora quero com você

Os seus deliciosos pães,

Os seus inebriantes vinhos,

Os seus calmantes,

As suas melosas melodias,

Enfim, seus todos gozos.

Agora, teu nome grito,

Já seus fonemas explodo

Em sons de nossas músicas:

Eu amo você,

Minha É-STRELA!

Olhem bem: É Ela!

Sentimento oceânico

Não é só o religioso

Mas, qual canta Caetano

As ondas do mar

Do Amor batendo em nós,

Até com o natural

Medo de nesse aMAR

Se perder e se aFOGar.

Então, é isso, né, HoMERo?

Né, Camões?

Né, Freud?

Morte ao puritanismo

Fundamentalista repressor:

Abaixo o tirânico Giga-Super-ego!

A espiritualidade ecumênica

Está em tudo!

Viva o Id, o Isso aí:

O Amor à flor-da-pele!

Todo poder ao Ego sensual:

As Culturas são afrodisíacas!

©

®---Gabriel da Fonseca.

-----À Amada, Minha,[i]eSTrELA Emilia[/i], com(o) xodós; 02/01/2008, 1218, o 2.º poema exclusivo do ano. Série Sonhístika & Psicanalítika