REFÉNS DO PRAZER
Suas mãos despertam meu corpo adormecido
Finjo surpresa quando você me abraça
E sedento corre sua língua pelas minhas orelhas, pescoço, nuca
E neste seu toque me embriago de prazer
E viajo ao país dos amantes pra buscar o mais mágico elixir
E junto com você beber e ficar assim insaciável
Sinto seu arfar ofegante e desejoso
Sinto sua voz me dizendo coisas indecifráveis e obscenas
E como num teatro mudamos de cena
Já não estamos mais em pé e sim deitados
E ali nos lençóis de cetim em vermelho carmim
A paixão nos envolve e nos entregamos
E sôfrego você procura minha boca
E meus lábios ávidos recebem os seus
E entre beijos molhados e melados
Olhos nos olhos nos amamos
E já não somos mais nós
Somos seres reféns do prazer
Já não existimos nós
E sim seres diáfanos que se encontram
Em outra dimensão nosso amor completamos
E devagar retomamos nosso corpo
E deixamos que a magia nos envolva e nos acalme.
Vitória/ES - Em 21/12/07 -