Pela madrugada a fora
em silêncio como agora
sais à procura de alento,
um carinho, um dengo.
Algo que te tire da solidão
desta total escuridão
onde tu te percas e te aches
não saber ao certo, te abate.
Vais em silêncio navegando
e destes mares desvendando
os segredos e mistérios
d'um sentimento estéreo.
Abrindo janelas em segredo
esperas dividir prazer e medo
cobertos pelo véu da emoção
numa sala fria buscando satisfação.
Reconhecendo nas linhas
escritas com ou sem rimas
a mesma carência, ânsia
e solidão que tua dor silencia.
Iza Mota
Recife- PE