Amor eterno
A esperança do mar flutua
E nos lembra o deus grego do amor,
Sua mãe desaparesce nas ondas do mar, beleza nua,
E o som das conchas amenizam a dor.
Flor que nasce em primavera,
És bela e tua vida, efêmera;
Desabrochastes, nem viver quiseras,
Mas o amor perto da morte mostra a bela fera.
E, quanto mais mortal ficamos,
Tornamo-nos mais patéticos,
Pois nos apaixonamos e amamos,
E nos tornamos o casal arquétipo.
Musa minha,
Sonho meu,
És tão amada, Rosaninha.
Eu sou o poeta teu.
O amor, se acabar, vira amargura,
Mas, caso persista, até a morte dura.
E, quando nos formos, iremos abraçados,
Até na morte juntos, apaixonados.