MEU CORPO TE CHAMA

Nem o sol a me vitaminar, nem a água que me revitaliza;

Nem o toque dos alísios que refrescam meu olhar;

Tudo é mínimo se comparado a esse teu beijar, que em mim desliza;

Tudo é prescindível mediante a delirante viagem do teu tocar!

Os arrepios de meu corpo são teu chamado pela alta madrugada;

Eles exibem as cenas tórridas de nosso inesquecível enlace;

Relembram os movimentos de teu corpo, tocado pela luz da alvorada;

E me induz à vontade alada de que te ser uma vez mais me arrebatasse!

Então vou transpirando e vai secando a minha boca;

Sintomas incontornáveis dessa inflamável necessidade de ti;

Meu corpo suspirando teu delírio, almeja que nele te confesses louca;

Requer o teu desmoronar, para em suas novas fomes te reconstruir!

Que na solitária noite o teu desejo atente ao meu corpo a te chamar;

Que te negues ao trivial e te permitas a fartura desse supremo sabor;

Porque meu mundo dança feliz ao som alucinante de teu delirar;

Porque meu corpo se alimenta ao te devorar com nosso amor!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/05/2008
Reeditado em 22/07/2009
Código do texto: T979352
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.