MEDO DE AMAR

Em nosso encontro casual

Sem ser passageiro, fugaz

Casto de intenção carnal

Hesitante, hirto, voraz.

Encasquetado, fico calado

Solidão desalmada fricciona

O coração contra o peito maltratado

Quando até o silêncio emociona.

É a surda reação

Voluntária, impeditiva que me invade

Trancafia no medo minha paixão

Transformando-me num amante covarde