DIA TRISTE
O dia amanheceu assim:
fosco.
Nenhum pássaro cantando.
Tudo que se vê são alguns
pirilampos cegos
pela tímida luz do sol,
que ensaia sua aparição,
rompendo a densa cortina
da bruma acrimoniosa
que tolda os caminhos,
escondendo os espinhos
dos galhos cobertos de orvalho
que já começam evaporar.
Galhos - pedestais das rosas rubras,
insígnia do amor escarlate.
Admira-me o amor,
ter por símbolo uma flor tão frágil,
ele que é tão forte.
Ela que não vai além do sol,
ele que vai além da morte.
Admira-me a rosa:
tão pulcra, tão definida,
e ser a efígie do aperiódico amor,
de o hipotético amar...
Mas flores são flores,
amores são amores.
Amar é dádiva,
ter amor é dom.
É o maior previlégio dado ao homem;
pelo menos, eu creio que assim.
É como ser uma
inusitada rosa rubra
no meio dos escombros
de um branco jardim!
O dia amanheceu assim:
fosco.
Nenhum pássaro cantando.
Tudo que se vê são alguns
pirilampos cegos
pela tímida luz do sol,
que ensaia sua aparição,
rompendo a densa cortina
da bruma acrimoniosa
que tolda os caminhos,
escondendo os espinhos
dos galhos cobertos de orvalho
que já começam evaporar.
Galhos - pedestais das rosas rubras,
insígnia do amor escarlate.
Admira-me o amor,
ter por símbolo uma flor tão frágil,
ele que é tão forte.
Ela que não vai além do sol,
ele que vai além da morte.
Admira-me a rosa:
tão pulcra, tão definida,
e ser a efígie do aperiódico amor,
de o hipotético amar...
Mas flores são flores,
amores são amores.
Amar é dádiva,
ter amor é dom.
É o maior previlégio dado ao homem;
pelo menos, eu creio que assim.
É como ser uma
inusitada rosa rubra
no meio dos escombros
de um branco jardim!