NÃO TENHO CULPA

Não tenho culpa de continuar assim.

Apaixonado, obcecado pelo teu amor, perdido.

Tú és ainda tudo de bom pra mim.

E eu não sei viver, se não for contigo.

O tempo passa, tudo passa pela minha vida.

Mas a lembrança do teu amor, está comigo.

Dói, dentro do meu coração, como uma ferida.

Mas eu aceito viver com este amor, corro este perigo.

Quando eu te vejo, o coração dispára, alucinado.

É imensa a felicidade, é indescritível.

Eu só quero ficar para sempre ao teu lado.

Esquecendo que no momento, este amor é impossível.

Não tenho culpa pelas lágrimas que derramo.

Vivo sofrendo pelo teu amor, mas não reclamo.

Amor é assim, às vêzes felicidade, ou eterna luta.

Te amo perdidamente, e não tenho culpa.

Quisera eu pudesse mudar o nosso destino.

Para acabar de vêz com esse disatino.

Por isso, não sou culpado de tanto te amar.

A vida passa, tudo passa, este amor não vái passar.

Manaus, 11 de março de 1994.

Marcos Antonio Costa da Silva