Quando fazemos amor
Maria Antônia Canavezi Scarpa
Quando fazemos amor
e a chuva é nossa única testemunha
o som que vem lá de fora
vai orquestrando cada movimento
fazendo nossos corpos
irem à loucura
Tudo tem sido proibido
e no escondido da noite, nos entregamos,
desfiando essas pérolas bandidas
ao nos amarmos, sem preconceito,
num prelúdio que nunca termina
O que exalamos no ar,
é o aroma do cio que o amor dissipa,
ao misturar o gozo e o grito
que sem podermos dar, você e eu
desesperadamente ainda mais nos excitam
O êxtase emerge do âmago
para nos unir amantes, apaixonados insanos
perdidos na volúpia...ao sentirmos
verterem os nossos desejos e vícios
quando nos expomos um ao outro
Nesta entrega plena nos completamos
e nus deixamos que o calor dos nossos corpos
se saciem, se bolinem
atrelando olhos nos olhos,
apenas para sermos felizes,
até quando todos os desejos adormeçam...