“PSEUDÔNIMO”
Escrevo teu outro nome
na pedra bruta brilhante.
Aos borbotões
deixo os meu botões
numa gaveta de confidências
ou em alguma estante.
Preciso de um instante
para relembrar a tua face corada
e os teus lábios que cingem
o rouge rugindo carmim.
No negror
No negrume
Na negrura do dia
descolore a tua máscara.
Murcha e desmancha
toda a minha fantasia.
Sei que és
a dama das horas propícias para companhia.
(Solitude não terá valia)
Evoco, invoco novamente teu outro nome
e meu coração insone
se eriça por ti, Luzia,
Dona da rubra luz
luzindo euforia
e folia
no auge de cada dia.
FELIPE REY