“PSEUDÔNIMO”

Escrevo teu outro nome

na pedra bruta brilhante.

Aos borbotões

deixo os meu botões

numa gaveta de confidências

ou em alguma estante.

Preciso de um instante

para relembrar a tua face corada

e os teus lábios que cingem

o rouge rugindo carmim.

No negror

No negrume

Na negrura do dia

descolore a tua máscara.

Murcha e desmancha

toda a minha fantasia.

Sei que és

a dama das horas propícias para companhia.

(Solitude não terá valia)

Evoco, invoco novamente teu outro nome

e meu coração insone

se eriça por ti, Luzia,

Dona da rubra luz

luzindo euforia

e folia

no auge de cada dia.

FELIPE REY

Felipe Rey
Enviado por Felipe Rey em 03/05/2008
Código do texto: T973103