DOCE ILUSÃO
Quando senti que a perdia
Fui mais longe, coração.
Me fiz ousado e demente,
Todo razão e emoção.
Fiz da dor, minha morada,
Ternura... eu demonstrei.
Sua fronte linda e afável
Jamais eu esquecerei.
Suas mãos, suas carícias
Seu amor e seu perdão.
A dor que sufoca a mente,
Que estimula a paixão.
Fui insensato e egoísta
Uma paixão adolescente.
Que pecado doce e insano,
Um desejo inconsciente.
O seu corpo, os seus lábios
Que me deixavam em torpor.
Eu tocava e me lançava
Nos braços do seu fulgor.
Envolvente era o momento
Que retrato hoje, enfim.
Você me deixando louco
E louco eu estava, sim.
Paixão de homem menino
Que teimava em me alcançar.
Me fazendo forte e sóbrio
No brilho do seu olhar.
Januária/MG, 13 de junho de 1981.