O QUE QUER VER

Enquanto você olha o que eu não sei

Tento descobrir o que você quer ver

Com essa mão no queixo e este jeito de ser, tão assim...

De quando em vez me encontro muito feliz

Nas horas, segundos e sonhos em que lhe falo

Nas minúcias que as suas palavras me fornecem da voz.

Muita saudade me assola e transborda

em lágrimas que não se cessam se não está

Se nunca mais a vi, duvida ainda se ando a chorar?

Enquanto você ensaia ser alguma coisa pra mim

Eu já a mantenho no coração guardada.

Se tenho tudo e você, não sou nada

(seria se a mim estivesse Acompanhada.)

Quando meu lápis me indaga sobre você

Responde em dança devastadora!

E toda brancura se esvai do papel caiado.

Não sou de começar estrofes sem um “não”.

Talvez por recebê-los, muitos, amiúde, em minha relação

com os outros em meu redor.

A minha volta se arrumam as pessoas em unidade.

Por isso, ninguém nunca está em meu redor se Sozinho.

Fato que só você contraria, me envolve se Só, por tudo ser.

Tão bonitos ficam os relógios e pulseiras e brincos e adereços demais.

Você sempre se veste de modo que me parece diverso.

E beleza é fundamental. Ela é o Inédito, pra mim.

Tão bonitos ficam o relógio, as pulseiras, a noite – tudo.

Dos metais evola a rigidez se em sua pele;

como de nós – os Eus –,a naturalidade, caso se nos revele.