Gostoso amor insano, proibido...
Maria Antônia Canavezi Scarpa
O que fazer, quando se tem o gozo mais bonito
do tamanho e cor que mais gostamos
e ao acordarmos com as janelas abertas
sentimos nos estirando ao sol morno,
das manhãs outonais se abrindo ansiosos
para um novo encontro?
O que fazer, quando se descobre,
que se evaporaram os pensamentos alienados e castos
regados de ingenuidade, à uma descoberta plena,
nada ortodoxa, até sofisticada de se fazer amor
despertando sensações ébrias e lúdicas
que muito fazem a diferença?
O que fazer, quando as virtudes se esvaem,
para deixar a libertinagem adormecida, vir,
desordenando com arroubos e desejos insólitos,
fantasias há tanto esquecidas,
transformando-as em afloradas
de quentes pensamentos?
O que fazer, quando não se vê tudo isso,
como distúrbios, mas sim, um desejo maior,
exposto nu, em uma esfera emocional,
rasgada de seus rigores e pressões,
único e exclusivamente para ser feliz
sem um segundo de rejeição?
O que fazer?