Gostoso amor insano, proibido...

Maria Antônia Canavezi Scarpa

O que fazer, quando se tem o gozo mais bonito

do tamanho e cor que mais gostamos

e ao acordarmos com as janelas abertas

sentimos nos estirando ao sol morno,

das manhãs outonais se abrindo ansiosos

para um novo encontro?

O que fazer, quando se descobre,

que se evaporaram os pensamentos alienados e castos

regados de ingenuidade, à uma descoberta plena,

nada ortodoxa, até sofisticada de se fazer amor

despertando sensações ébrias e lúdicas

que muito fazem a diferença?

O que fazer, quando as virtudes se esvaem,

para deixar a libertinagem adormecida, vir,

desordenando com arroubos e desejos insólitos,

fantasias há tanto esquecidas,

transformando-as em afloradas

de quentes pensamentos?

O que fazer, quando não se vê tudo isso,

como distúrbios, mas sim, um desejo maior,

exposto nu, em uma esfera emocional,

rasgada de seus rigores e pressões,

único e exclusivamente para ser feliz

sem um segundo de rejeição?

O que fazer?

Tília Cheirosa
Enviado por Tília Cheirosa em 29/04/2008
Código do texto: T967945
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