O teu olhar

Quando me olhas é como se o mundo apagasse,
Quando me voltas teu olhar é como se me invadisse a alma
E me vasculhasse com essas lentes deliciosamente belas,
Quando me olhas, quando me voltas teu olhar, quando meu reflexo brilha em teus olhos...
Desvanecem-me os pensamentos,
Quando meus olhos encontram os teus e em ti mergulho profundamente
Encontro tua alma, deparo-me com tuas entranhas, vislumbro teu mundo...
Ao mirar-me através de tuas janelas da alma acorrenta-me com a tua doçura
Atas-me com tua suavidade, amarra-me com tua leveza, prende-me com teu carinho,
Quando volta-me esses espelhos que me refletem em ti perco-me em teu mundo
E quero ali ficar para sempre como num paraíso deliciosamente deleitoso,
Quando acerta-me com os raios de teu olhar o chão foge-me aos pés e flutuo...
Teu piscar é como leque que abana meu espírito e purifica meus pensamentos
Trazendo-me a elegancia e suavidade em câmara lenta...momentos intermináveis,
Quando fita-me com essas pérolas negras ofuscas a luz do sol apagas a lua
Desaparecem as estrelas,
Teus olhos são o céu onde encontro o infinito e as profundezas do teu interior,
Abra estas portas divinas de tua alma linda
Escancaras para mim essa torrente de sentimentos,
Deixa perder-me no brilho de teu olhar como se num lago límpido e cristalino,
Permita banhar-me nessas águas refrescantes e suaves do mar de teus olhos,
Ilumina-me com estes faróis que dão rumo às minhas embarcações perdidas
E trace a rota para o teu coração,
Acenda o sol em teu olhar, ilumina-me com o luar de tua retina,
Olha-me... olha-me em meus olhos e me ache para ti,
Derrame tuas lágrimas salgadas em meus lábios e transforma-me em teu principe
Minha adorada rainha que tem o palácio em meu coração e a coroa em minha alma,
Deixa-me adorar esses olhos que choram,
Enxugarei essas gotas tristes e te darei o brilho exuberante do amor,
Olha-me...Olha-me amor... Olha-me e encontra-me...
Olhe dentro de meus olhos e busque a paixão faiscando centelhas em fogo
Que ao te verem assim tão entregue e desejosa choram de compaixão,
Um sentimento de leveza e torpez que eleva-me a alma ao teu paríso
Acorrentando-me aos teus delírios e aos teus temores de mulher sofrida,
Largue em minhas mãos os teus sonhos e os teus desejos que os olhos escondem e venha comigo nessa viagem sem volta ao meu mundo, que agora é teu.