O BEIJO DA BORBOLETA
Um dia, cabisbaixo, eu caminhava, pelas estradas da incerteza;
E achado pelas teias do destino, me deparei com teu casulo;
Me vi paralisado, ante a áurea da mais extasiante beleza;
Até que teus olhos cor da tarde, aclarassem meu céu escuro!
No diálogo do fascínio, voamos em parceria;
E nas cores de tuas asas, eu alegrei as minhas chuvas;
Esperançando aqueles tempos remotos, carentes de ti em demasia;
Nadei feliz sobre as ondas desse mel, a jorrar de tuas curvas!
Nas colinas do meu querer, te vi descer até meu leito;
E no teu peito eu descansei, quando a amargura me fustigou;
Quando não te acharam meus pulmões, tornou-se meu ar rarefeito;
Quando perdi teu contato, minha saudade te reencontrou!
Eu adormeço nos teus braços, quando dançamos sob a distância;
Eu leio o que não escreves, porque converso com tua alma;
Eu amamento na tua volúpia, minha malícia de criança;
As gotas de teu afeto, são oceanos que me banham de malva!
Assim, os nossos olhos se apaixonam nesse além-fronteiras;
Meu corpo queima nessa febre, que te concebe num imenso desejo;
Eu sou teu ar manhoso, levitando teu vôo em ditosa leveza;
Tu és o açúcar da paixão, sonhado e habitado no teu beijo!!