O BEIJO DA BORBOLETA

Um dia, cabisbaixo, eu caminhava, pelas estradas da incerteza;

E achado pelas teias do destino, me deparei com teu casulo;

Me vi paralisado, ante a áurea da mais extasiante beleza;

Até que teus olhos cor da tarde, aclarassem meu céu escuro!

No diálogo do fascínio, voamos em parceria;

E nas cores de tuas asas, eu alegrei as minhas chuvas;

Esperançando aqueles tempos remotos, carentes de ti em demasia;

Nadei feliz sobre as ondas desse mel, a jorrar de tuas curvas!

Nas colinas do meu querer, te vi descer até meu leito;

E no teu peito eu descansei, quando a amargura me fustigou;

Quando não te acharam meus pulmões, tornou-se meu ar rarefeito;

Quando perdi teu contato, minha saudade te reencontrou!

Eu adormeço nos teus braços, quando dançamos sob a distância;

Eu leio o que não escreves, porque converso com tua alma;

Eu amamento na tua volúpia, minha malícia de criança;

As gotas de teu afeto, são oceanos que me banham de malva!

Assim, os nossos olhos se apaixonam nesse além-fronteiras;

Meu corpo queima nessa febre, que te concebe num imenso desejo;

Eu sou teu ar manhoso, levitando teu vôo em ditosa leveza;

Tu és o açúcar da paixão, sonhado e habitado no teu beijo!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 29/04/2008
Código do texto: T967258
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