Um vício.

Ando, olho, não te vejo mais...

Corro, procuro, não te acho.

Desejo, preciso, de você...

Pra onde, afinal, devo ir..?

Sou um poço de vontades insatisfeitas...

Sou uma bomba armada e não caibo em mim..

Não soube, durante muito tempo, o que queria

Hoje sei, e saber me consome...

Pois minha vontade não mais conta para ti.

Não me queixo, pois assim é o amor..

Resiste, bravamente, as agruras de vidas difíceis.

É levado ao limite, diária e constantemente.

Resiste, resiste... Mas perece.

E encerra em si sonhos lindos, de pobres apaixonados

Incansáveis aprendizes de suas belezas.

Sou um desses, humilde escravo de sua vontade...

Faminto de sua presença, viciado inveterado.

Amo, intensamente, e amo amar...

E amo você, intangível dona de mim.

Pra onde, enfim, devo ir?

L>K