VOLTANDO O MESMO CAMINHO
Autoria de Regilene Rodrigues Neves
Volto de um lugar em mim
Refazendo caminhos
Buscando entendimentos
Desentendidos no passado...
Sinto crescer a menina...
Moleca brejeira
De sonhos levados
Olhar no infinito
Cheio de conflitos...
Questionando a vida
Que em contra partida
Deixavam soltas
Perguntas no ar...
Querendo indagar
Esse anseio tomado
Por vezes no peito
Numa explosão de sensibilidades
Numa fragilidade
Que chegava abraçar!
Um abraço perdido
Na direção dos meus medos
Que em segredo me confessavam
Dúvidas de um sentimento alheio...
Num entendimento
De compreensão cética
Dos meus desenganos
Crescidos em desaforadas ilusões...
Sinto que joguei fora meu destino
Crescido sem destino
A esmo de aventuras
De uma necessidade louca de amar!...
Um amor sem razão
Tomado à proporção da emoção
Virou vício num viciado coração...
Esse amor que se fez em carências múltiplas
Cresceu à medida que amar
Fosse maior que o engano de ser amado
Um caminho errante
Marcante de sofrimentos
Em sistemáticos momentos
De tétrica ternura...
Um caminho sem volta
Percorrido de desilusões
Numa lição implacável
De escolhas infelizes
De amar quem nunca o amou...
Volto querendo percorrer
Essa estrada que viu minha juventude
Passando ainda jovem... Menina...
Numa lágrima despedida sem lamento
Num crescimento cruel da idade
Que virou essa saudade
De recuperar sonhos perdidos...
Reencontrar o amor nesse caminho
Dilacerado pelo tempo
Que por algum momento
Devolvesse a felicidade
Aos dos meus sentimentos...
Volto na mesma linha
Que desalinha meu peito
Traçando velhas lembranças
Desta velha infância
Que por amor me faz voltar...
Em 28 de abril de 2008