Centelhas...

Com seus nervos em frangalhos

Todas suas veias se incendeiam

O poeta está calado...assustado!

Meio trôpego... meio baratinado

Está entorpecido...pobre coitado!

Sonhava, aspirava, ansiava,

Desenhava, previa, queria,

Desejava, rascunhava, antevia

Pelo amor da sua triste vida

E como versou enlouquecido...

Seus gritos, sussurros, murmúrios

Palavras com e sem sentido...incontido!

E distraído...sem nenhum alarido...

Pela milimétrica fresta... ela entrou!

E o atingiu bem no alvo

Ele baqueou e quedou...

Seu coração irrequieto...pulou!

Num acelerado movimento pendular

Ritmo ensandecido da paixão a pulsar

Agora cambaleia como ébrio louco

Anestesiado...atingido...pelo torpedo!

Está invadido por imagens e sons

Sonhos e realidade se misturam...

No vazio...no conteúdo...da sua poesia

Nos impulsos...desse susto...fantasia

Projeta seu mais alto vôo ao paraíso...

Onde a terá em seus braços cansados

Àquela amada por tanto tempo sonhada

Cantada e decantada pela estrada...

Nas suas caminhadas...nas disparadas

Almejando a felicidade como morada

E tudo agora como num passe de mágica

Se aquieta à sua volta...como reviravolta

Porque ela acenou... chegou! Sim! Ela mesmo!

A sua doce poetisa... sua eterna namorada.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 27/04/2008
Reeditado em 27/04/2008
Código do texto: T964075