Eternas ondas

Eternas são as ondas do mar nos lugares

Por onde passei, lá deixei minha

Infância e os amores que sonhei.

Mas intacta ficou a felicidade que em terra

Estranha busquei nas artimanhas do destino,

Que desde eu menino em consegui-la pensei.

No paraíso em que me vi, na solidão me perdi

Nunca mais quero lembrar, celeiro de perversidade

Dele não trago saudade das dores que sofri.

Aqui onde eu me encontro tem palmeiras, tem sabiá

Tem anjo de asas tortas, um canto de tristeza morta

Misturado à nostalgia batendo em minha porta.

E assim vou querendo essa tal felicidade,

Que não sei onde está, se no campo

Ou na cidade ou ali por atrás da porta

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 26/04/2008
Reeditado em 27/04/2008
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