Ainda que não venhas
Ainda que eu nunca te tenha,
e ... ainda que não venhas
cumprir o que a vida nos escreveu
no livro de outras eras
em folha branca e breu...
Ainda que te detenhas,
rebelde, fingindo que não leu,
e não viu o nascer dessa quimera -
seus signos, marcas e as senhas -
que sinalizou-nos sempre o Céu.
E, mesmo me jurando
nunca ter queimado feito lenha,
na lareira, ao levantar ligeiramente o doce véu,
o meu amar-te é tanto que me faz plena
me faz muito feliz/e grata/e inteira -
ainda que nunca, que jamais tu venhas!
Silvia Regina Costa Lima
2o de abril de 2008