Ainda que não venhas

Ainda que eu nunca te tenha,
e ... ainda que não venhas
cumprir o que a vida nos escreveu
no livro de outras eras
em folha branca e breu...

Ainda que te detenhas,
rebelde, fingindo que não leu,
e não viu o nascer dessa quimera -
seus signos, marcas e as senhas -
que sinalizou-nos sempre o Céu.


E, mesmo me jurando
nunca ter queimado feito lenha,
na lareira, ao levantar ligeiramente o doce véu,
o meu amar-te é tanto que me faz plena
me faz muito feliz/e grata/e inteira -
ainda que nunca, que jamais tu venhas!



Silvia Regina Costa Lima

2o de abril de 2008

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 26/04/2008
Reeditado em 23/10/2024
Código do texto: T963333
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