SOFRIMENTO PURO!

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Talvez eu nada queira e, por isso, tudo eu esteja querendo!

O óbvio é fato, mas, contudo, não é simples supor sua assertiva quando ele é quase o absoluto imperando na ocorrência repetitiva do clamor!

Não sei e não aprendi neste apreender de dores o que fazer com tantas feridas que absorvem-me no absolver do grito!

Talvez do posto em risco e do cisco que enegrece os olhos que não podem lhe ver, faço nascer aquilo que é pretendido na libertação das inchadas dores que explodem meu peito!

Não presumo a espera, embora viva por ela sempre a desenhar com os meus dedos, em acenos, a sua formosa lembrança abstraída de um abraço!

Talvez eu tudo quisesse e, por isso, nada eu estivesse querido!

Nadar no revolto alternar de idas e vindas deste aconchego que sopra sensibilizando, mas congelando o coração é definir a incerteza como conduta da diferente indiferença de viver firmando-me como sua alternativa de encontro ocasional!...

Sofrimento puro!

©Balsa Melo

23.04.08

João Pessoa - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 25/04/2008
Código do texto: T962200
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