UM AMOR QUE PRECISAVA FICAR
Reservas ordenadas em traços marcados
Articuladas palavras mesmice truncada
O fato é que a pequena foi-se embora
No limite mínimo duma idade angelical
Tantas leituras e façanhas impressas
Ela está com Deus - mas seria sua hora?
Assinaladas questões em papéis fartos
Sentido da vida na minúcia do espaço
Variantes fluídos em sofás e quartos
Sistematicamente não há mais nada
Que não a Justiça condene o culpado
Entre portas fechadas mofando em si
Pela culpa irrefutável do ato monstruoso
Pálida flor que se fora num parto gemido
Aspecto de felicidade e alegria gritantes
Curiosa morte da façanha estagnada...
Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
25 de abril de 2008 19h03
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