NAS ASAS DA POESIA.

O beija flor que saiu do ninho

Já não tem forças para retornar,

Tão pequeno, tão franzino,

Chora por estar sozinho,

Querendo reaprender a voar...

Dos seus sonhos de menino,

De menino passarinho,

Sobrou a saudade

Que hora me invade

Querendo ouvi-lo cantar.

Poesias eram suas asas,

Hoje da chuva tão molhadas

A fizeram mui pesadas

Já não o trazem em revoadas

Para do mel do amor saborear.

Foram as chuvas de lágrimas,

Derramadas pela estrada da vida,

Que fizeram seus versos secar.

Vôo ao teu encontro,

Carregando nas mãos uma rosa

Em forma de versos, ESSA PROSA!

Para te alimentar.

Dar-lhe-ei também um ramalhete

E muitas pétalas de enfeites

Para suas asas secar.

Assim, volte beija-flor,

Recite seu amor,

Para todos alegrar.

Teresa Cordioli
Enviado por Teresa Cordioli em 25/04/2008
Código do texto: T961470
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