MAR ABERTO
MAR ABERTO
Jorge Linhaça
22/04/2008
Se navega o barco em mar aberto
impelido pelos ventos da saudade,
velas infladas por sopro divino,
espera, esteja o seu rumo certo,
ao tomar o rumo daquela cidade,
indo d'encontro ao seu destino.
Se o farol que ilumina a noite,
fria noite de profunda solidão,
pisca suas luzes a orientá-lo.
Não se torne a brisa um açoite,
nem se dissipe no vento a paixão,
para atraí-lo e depois naufragá-lo.
São os beijos ardentes desejados,
os olhares silentes de acolhimento,
o que move o barco em sua viagem.
Dois corpos unidos, apaixonados,
o amor a explodir em sentimento,
flutuando no céu da paisagem.
E no reencontro, deveras, querido,
unam-se corpos e almas ansiosos,
deixando fluir a sua plena emoção,
permaneçam para sempre unidos,
entre fadas a faunos a bailar airosos
a dança do amor, num só coração.