O cantar as sensibilidades...

Desejar imensamente à luz do teu olhar, sem poder tocar, um só laço pronto a se eternizar, as montanhas se rendem as nuvens, refletem a beleza do existir, a água aflora da pedra na exata hora.

O aroma das flores desliza em minh´alma, unificando dois corações, misterioso como o deserto, que em cada miragem esconde um segredo.

O cantar as sensibilidades, conhecedor da solidão dos ventos, nessas tantas telas da vida, rabiscos sem nexos, avivando cores e brilhos.

Arrasta-me, luz tênue, que tudo transforma, do breu da escuridão, ao clarão da lua, mergulhados em teus lábios, céu cravejado de estrelas.

Desperta o sol encanta com seus raios, o mar beijou a areia, as gaivotas sobrevoam os céus, as nuvens desenham seu nome ao lado do meu.

Abraça-me de corpo e alma, percorro teus pensamentos no silêncio, bálsamo perfumado que de tua alma exala, canção que adocica um poeta que ousa a escrever...

Escrever em 22.12.2005.

Por Águida Hettwer