O VÔO DO BEIJA-FLOR
Um dia ele chegou; o beija-flor.
Não sei precisar dia nem hora,
Só sei que ele trouxe consigo
o aroma da flor.
Chegou de manso,
Não arrombou porta, nem abriu portão.
Tão logo chegou,
encontrou guarida em meu coração.
Seu canto trouxe alegria a minha vida,
O bater das asas, vazão aos sonhos mais profundos.
Seu balé, o qual poucos assistem, me trouxe a vontade de dançar,
e o desejo de a ele me entregar.
Sua plumagem verde brilhante,
Trazia o reflexo da beleza do sol,
seu corpo apesar de pequeno e aparenetemente mostrar fragilidade,
era reflexo de superioridade.
Ele trouxe consigo garra, força e coragem.
Trouxe vida e mostrou que ela tem que ser vivida com intensidade.
Mas como todo belo pássaro que é livre, um dia ele partiu.
Sei precisar o dia e hora.
Não esqueci e creio que não será agora.
Espero que um dia ele volte.
Volte a bailar e mostrar o encanto do seu canto.
Um dia ele voou, foi para outras terras,
foi para outro horizonte.
Não arrombou porta, nem abriu portão.
Saiu silencioso, para fazer guarida em outro coração.
Raquel Fernandes