Grãos do Pecado
Contei os grãos de areia das nuvens
Dentro do vidro opaco
De uma ampulheta ,onde os ventos
Moviam os voejos amorosos e toscos
Vi o vento vociferar os arrulhos doridos
Do belo canto, adocicando os prelúdios
Enquanto os amantes gemem a sofreguidão,
As insinuações do pecado na alvadia areia
Permeando o desdourar dos lábios acanhados
No belo sono insone, das fadigas dos corpos
Amorenados, no vulcão de estranhas veredas
Os escombros de poeiras sobre as eras.