Carrego apenas...

Ouça, estou à porta do seu coração, em suaves toques, para que assustado, não desperte do sono, de pés descalços, sandálias nas mãos, veste lancei ao vento, carrego apenas flores para adornar os cabelos, diante do espelho, estatelei máscaras, medos e aflições.

Tracei um novo rumo, desenhei estrelas no firmamento obscuro, salpiquei o ar de pétalas de rosas, como borboletas dançam vagando em mil botões.

Deixei marcas por onde passei, nos trilhos do coração, semeei porções de amor, gotas de doçura, fragmentos de ternura em versos, rimas sem sentido, parei o tempo por um segundo, em lembranças desencontradas, pensamentos na magia do amor.

Nas carícias que as mãos escondem, quero me perder sem juízo, na busca incessante do paraíso, sol nascente que desponta em nossa frente, beber do néctar vagarosamente...

Carrego apenas em minh´alma, um doce e interminável afago.

Escrito em 06.01.2006

Por Águida Hettwer