O RECONHECIMENTO

Eu chorei sim, hoje, posso confessar.

Pois acabei com o passado para assumir de vêz.

Que ainda te amo, e a ninguém vou negar.

Que amor como o nosso, ninguém ainda fêz.

Eu vou te lembrar sempre, mas a ninguém isso interessa.

Já fui feliz contigo, mas reneguei à felicidade.

Por isso o nosso amor acabou tão depressa.

Mas eu viví intensamente um amor de verdade.

Eu sei que é tarde para remendar o meu êrro do passado.

Eu sei que te esperar voltar é algo tão errado.

A esperança de uma reconciliação é uma miragem.

O que existiu entre nós passou, acabou, morreu.

Não soubemos valorizar o nosso amor, nem você, nem eu.

Quando olho para frente eu vejo o horizonte opaco, apagado.

Eu não soube cativar o teu inesquecível amor.

Por isso eu aceito a solidão, eu tenho que pagar o pecado.

Eu reconheço, não fui homem para viver ao teu lado.

Manaus, 02 de fevereiro de 1993.

Marcos Antonio Costa da Silva